Tecnologias Humanas de Saúde

19/09/2024

Você está acima de qualquer sintoma. Você é uma expressão de vida complexa e assim, deve ser observado. Seu corpo está integrado à sua mente, às suas emoções e recebe influências do meio ambiente, das relações e dos acontecimentos. A nossa boa saúde interdepende do funcionamento equilibrado de todos esses sistemas, internos, e externos. Você sabia que o Brasil é referência mundial no modelo de inserção de tratamentos que observam o paciente em toda sua perspectiva? Nosso país é reconhecido internacionalmente na adoção de Práticas Integrativas de Saúde no sistema público. O SUS oferece 29 terapias na atenção primária que favorecem a saúde em todos os momentos: antes, durante, e depois do diagnóstico. Neste campo, nosso padrão de cuidado é tomado como base, e multiplicado em outros países. E isso merece receber AMPLA divulgação. Todas as práticas integrativas "facilitam a percepção dos processos de adoecimento", como anunciado pela OMS. E isso também implica no uso consciente da assistência e na redução de custos no sistema de saúde. Por que então, diante tantos benefícios, não evidenciamos de forma mais relevante essas linhas de cuidado? Por que essa assistência não é profundamente explorada no sistema suplementar de saúde? No artigo de hoje, a reflexão exalta o tema, instigando você a conhecê-lo mais. Valorizar técnicas que amparam a saúde integral, é obrigatório e emergencial. No Brasil e no mundo. Pela saúde integral e planetária.

Tecnologias humanas de saúde.

Falamos incansavelmente da evolução tecnológica, da Inteligência Artificial e seus aparatos, das cirurgias robóticas, dos medicamentos personalizados, dentre outras tantas soluções que significam celeridade no diagnóstico e maior eficácia na remediação. É certo que tudo isso facilita e moderniza a jornada de tratamento. As tecnologias, indiscutivelmente otimizam o sistema de saúde, apoiam o gerenciamento, os profissionais, especialistas e beneficiam pacientes.

Mas, enquanto gestora de um sistema privado por 17 anos, me inquietava - e ainda inquieta - a dinâmica que envolve os protagonistas: doença, tratamento e custos. A prevenção, assumindo papel de coadjuvante, é selecionada ocasionalmente, em aparições planejadas, muitas vezes publicitárias. Sua integração, tão essencial no ciclo de cuidado e na vida das pessoas, ainda encontra resistência.

Nesse mesmo Brasil que pueriliza a prevenção, institui-se, desde 2006, a Política Nacional de Práticas Integrativas de Saúde. Apesar de quase 20 anos, a PNPICS é desconhecida por grande parte da sociedade. Não enaltecida com devida relevância. Atualmente, o Ministério da Saúde reconhece 29 terapias integrativas, que são oferecidas no SUS. São condutas desenvolvidas a partir de uma visão ampliada da pessoa, e que oferecem cuidado, prevenção, recuperação e educação.

A manifestação de doenças é uma situação multifatorial, e não corresponde exclusivamente a fatores genéticos. Recebe interferências ambientais, do grau de defesa do organismo (a sua imunidade), do seu estado emocional. Depende de um contexto complexo, e não local. E esses tratamentos integrativos e complementares de saúde, são pautados em saberes que contemplam o estado integral da pessoa. Tais medidas são reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde, e observam o ser humano em sua complexidade. 

Por que então, diante tantos benefícios, não evidenciamos devidamente, essas linhas de cuidado?

Talvez um reflexo correspondente à cultura, e aos hábitos de consumo. No comportamento coletivo construímos uma tendência de conveniência, expondo a própria saúde às circunstâncias limítrofes. Delegar o restabelecimento do bem-estar às soluções terceirizadas, industrializadas, à tecnologia, e à sorte, "parece" sempre uma alternativa facilitada.

Ainda que as Terapias Integrativas façam parte da atenção primária e hoje, sejam melhor compreendidas, ainda há um amplo espaço para seu reconhecimento e crescimento. Elas beneficiam as linhas de cuidado da medicina moderna, atuando conjuntamente no tratamento da obesidade, hipertensão, diabetes, de doenças cardiovasculares, da depressão e ansiedade. 

Algumas evidências clínicas estão disponíveis no site da Organização Pan Americana de Saúde.

É preciso compreender todos os benefícios pautados na pesquisa, como também os que transcendem o rigor da ciência. Convido você a visitar os portais do Ministério da Saúde, e da Organização Mundial de Saúde, que atestam e contextualizam a importância desta medida de cuidado.

A saúde é cultivada dentro de nós, e fora, também, O ser humano em sua complexidade, nas dimensões: física, emocional, emocional, espiritual, ambiental, social e cultural, assim deve ser acolhido, acomodado, prevenido, curado. As Medicinas Integrativas acomodam essa pluralidade.

Conceda oportunidade a esse conhecimento, integrando prevenção, bem-estar e a cura. 

Essas são palavras de ordem pelo equilíbrio da saúde, dentro de você e todas as partes do planeta.

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