Solstício, Verão e Prevenção
O verão e suas faces. De acordo com o órgão de meteorologia da prefeitura do RJ, na última semana, a cidade registrou temperatura acima de 39 graus e sensação térmica superior a 50. As altas temperaturas afetam o nosso bem estar e saúde. No artigo da semana, uma reflexão de como o nosso corpo corresponde ao calor excessivo e o que podemos fazer para equilibrar as respostas do nosso organismo às sensações extremas. Escolha constrói cultura de prevenção. Escolhas, são sempre decisivas. E sua saúde precisa manter-se à altura deste termômetro. Eleve-se.
Estamos na fase do ano em que a nossa parte do planeta está mais próxima ao sol, e automaticamente, ficamos mais vulneráveis aos efeitos da exposição solar inadequada. O solstício de verão ocorre no fim de dezembro, mas as altas temperaturas são focalizadas em toda estação, e por vezes, até fora dela, em resposta a tanto desequilíbrio ambiental.
Um estudo da Universidade de Washington (EUA), assegura que em 2019, mais de 356 mil pessoas morreram de alguma doença associada ao excesso de calor, em regiões como África e Oriente Médio . A pesquisa vincula as mortes às temperaturas extremas, associando a ocorrência com 17 causas específicas de doenças, principalmente cardiorrespiratórias e metabólicas.
Apesar de não se tratar de dados nacionais, ressoa um alerta para encararmos o tema com maior lucidez e responsabilidade. Não é novidade que a intensidade climática que experimentamos, é resposta ao desequilíbrio do meio ambiente e suas devastações. O AGORA nos convida à tomada de atitudes individuais em favor dos habitats - interno (corpo) e externo (meio). Interromper um ciclo insano de destruição da natureza que nos reside e cerca.
A tendência das mudanças climáticas nos sujeita a cada ano, a maiores temperaturas. Os óbitos são desfechos extremos, mas não estamos isentos aos diversos riscos à saúde, caso iniciativas de prevenção não sejam adotadas. Muito se revela sobre os prejuízos diretos dos raios UV em nossa pele, mas trata-se de uma abordagem que transpõe esses males.
A frequência e o tempo que nos expomos ao calor, induz nosso organismo ao estresse funcional, e em resposta, nosso metabolismo pode corresponder com canceres de pele e outras incidências na derme, como olheiras, espinhas, oleosidade, vermelhidão e urticárias.
Mas nosso corpo também se fragiliza com a insolação, aumento de pressão arterial, tonturas, dores de cabeça, desidratação, inchaço e má circulação sanguínea, não estando de fora a irritabilidade e as baixas de humor. Além disso, altas na sensação térmica facilitam episódios de prostração, fraqueza e desânimo, como também doenças respiratórias que se favorecem da baixa umidade.
Estamos na estação de praias lotadas e maior atividade ao ar livre, elevação do consumo de bebida alcoólica, alimentação por vezes não balanceada associada ao "relaxamento" do período de férias. A prevenção reside em nossas escolhas e atitudes, e a construção de bons hábitos de saúde, com o objetivo de bem-estar, não deve ter frequência reduzida nessa etapa do ano. É neste período que a nossa temperatura corporal está mais elevada. E mantê-la em equilíbrio para se favorecer das benesses do verão, faz com que a nossa fisiologia sinta-se mais estimulada e vívida.
Algumas dicas simples e valiosas, como manter a ingestão de água em dia, aproveitar a exposição solar fora dos horários críticos e com uso de protetores, habilitar-se ao exercício da atividade física, optar por refeições leves e saudáveis e evitar o consumo de bebidas alcoólicas, são iniciativas acessíveis que podem trazer outro tom para o verão.
Refletir sobre a maneira como tratamos o nosso redor e a nós mesmos é o primeiro passo. Deixar de poluir às praias como a si mesmo, são iniciativas inteligentes de preservação pessoal e coletiva. O objetivo é se favorecer de toda luz que nos alimenta de vitamina D, energia e vigor.
Prevenção é sintoma de mentes que priorizam o melhor de todas as fases do ano. Aqueça esta decisão para receber esta semana e os dias quentes já previsíveis. Cuide da sua saúde.