Seu EU de hoje, é VOCÊ amanhã

18/12/2023

E quem vai cuidar de você? A sociedade, está mais longeva. Nossa expectativa de vida deve ultrapassar a marca de 77 anos até 2050, segundo projeções da ONU. As famílias, cada vez menores, de acordo com o Censo de 2022. Em 12 anos, o IBGE apontou queda de 19% no número médio de moradores por residência. Esteja você, associado ou não, à família, filhos ou pares. Há solidão, ou solitude? Autonomia, ou dependência? Como se prepara para o estágio sênior? Como estará a aptidão cognitiva, na longevidade? E a resistência corporal? Audição? Saúde emocional? Equilíbrio? A tendência do nosso corpo é progredir para um estágio de declínio, com o avanço da idade. Isso faz parte da nossa natureza. Nessa contrapartida, o que fazemos para desacelerar essa predisposição, conservando corpo e mente em melhores condições de saúde? Que postura adotamos, enquanto estamos no auge da nossa vida? Somos negligentes? Como conduzimos a maneira de viver entre 20 e 50 anos? Será que devemos nos preocupar somente, no amanhã? Cuidar da saúde de forma consciente. Uma iniciativa em todas as idades. No artigo de hoje, a intenção é convidar você para uma retrospectiva que estimule a revisão de hábitos, de forma intencional. Que tal incluir no seu planejamento de ano novo, uma meta para envelhecer com autonomia, saúde e liberdade? É no hoje, que construímos esse amanhã. Boa leitura.

Ter saúde, não é simplesmente ausência de doenças, e esse conceito é chancelado pela própria OMS.

Mas temos a tendência de negligenciar esse fato principalmente no ponto alto da vida. Agir pelo bem-estar deve ocorrer continuamente. O cuidar é uma providência necessária, mas a desatenção é frequente quando precisamos escolher entre satisfazer um desejo, e preservar a saúde.

Muitas vezes, temos uma vontade controversa ao que o nosso corpo precisa.

A "mudança de olhar" é fundamental. Porque hoje vivemos mais. E precisamos também, viver melhor.

A inversão da pirâmide etária, é uma realidade em construção. Já temos mais idosos, do que crianças, e em 2030, uma em cada seis pessoas terão mais de 60 anos, considerando o ritmo da população mundial, segundo a OMS.

Para observar o comportamento por faixa etária no Brasil desde 1950, acesse: População por faixa etária, Brasil (ourworldindata.org)

Não podemos deixar para depois.

Planejar o amanhã não consiste simplesmente numa boa estratégia de finanças e patrimônio. Deve considerar, simultaneamente, a oportunidade de nos mantermos ativos, despertos e dispostos. Porque envelhecer é privilégio e precisamos garantir o melhor dessa condição.

Então, quais intervenções ideais para uma vida longeva?

Nosso potencial fisiológico muda, no avançar dos anos, e a nossa reserva homeostática, também. Naturalmente. Já é sabido, que o Alzheimer, por exemplo, começa a ser prevenido 30 anos antes do diagnóstico.

Cuidar da sua velhice na geriatria pode ser tardio.

Como fazer para não garantir nesse estágio, um diagnóstico de DCNT (doenças crônicas não transmissíveis)?

Infância, adolescência, maturidade e envelhecimento, exigem diferentes iniciativas. Mas em todas elas, ocupamos o mesmo corpo, que se desgasta no decorrer da vida. E de dentro para fora. Da pele, ao nível celular. Em todas as fases, somos acometidos pelos danos do tempo.

A partir do nosso entendimento sobre o próprio corpo, fazemos o "ajuste fino", e necessário. Se nossa reserva de resistência se consolida com o passar dos anos, devemos cultivar a prevenção, ainda no auge da vitalidade. Mas é a fase que mais ousamos descuidar da saúde. Por ser o período em que o corpo se mostra mais forte.

Daí, a vida acontece. E nunca há tempo.

Escolhemos "deixar para a próxima", para abrir mão de algo catalogado como deslize. Seja na alimentação, ou na ausência de alguma prática de saúde. Mas a conta, sempre chega.

Depressão, confusão mental, demência. Prevalências no idoso. Mas se construo hoje, hábito da leitura, protejo a saúde emocional durante a vida, cultivo rotinas com movimento e sono adequados, posso reduzir meus riscos.

Risco de quedas, doenças crônicas não transmissíveis, morbidades, uso excessivo de medicamentos. Prevalências no idoso. Mas se construo hoje, manutenções preventivas, hábitos de resistência corporal, consumo água na medida, dou preferência a insumos naturais e mantenho o contato com a natureza, posso reduzir meus riscos.

Isolamento, solidão. Prevalências no idoso. Mas se construo hoje, interações saudáveis, relações comunitárias, me envolvo em práticas de voluntariado e em causas sociais, posso reduzir meus riscos.

Há uma lista grandiosa de fatores que talvez não possamos controlar imediatamente, como causas ambientais, fatores genéticos, políticos, sociais, e doenças transmissíveis.

Mas, na longevidade, será grande o reflexo do estilo da vida que adotamos.

Hoje, é o melhor momento para investir nesse amanhã, que pode ser mais previsível. Autocuidado não é somente skincare. É ser livre, para viver sempre bem. Até que haja fim.

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