11/09/2024

11/09/2024

Reunidos, somos mais de 8 bilhões. Neste planeta ultra conectado, nossa sensibilidade foi reduzida. Conexões humanas, comprometidas. Uma apatia generalizada normalizou o sofrimento. Empatia exaltada sob flashes e curtidas, enquanto na vida prática, aceleramos a contagem de suicídios, quadros de ansiedade e depressão. Entulhados por informações, e controlados por algoritmos, reduzimos a qualidade da nossa saúde. Desaprendemos sobre o que é simples e sobre o que sustenta a vida: o nosso sentir. Prevenir o suicidio e cuidar da saúde emocional e psíquica, compreende uma profunda jornada de resgate interior. No artigo de hoje, a reflexão encoraja nesse amarelo de setembro, para iluminar os caminhos da nossa humanidade. 

Humanizar os 5 sentidos. 

Essa é uma escolha que pode ser desafiadora, mas que é capaz de resgatar o bem-estar, a identidade e a altivez da vida. Pelo abraço, presença, escuta interessada, e vigília de julgamentos, podemos constituir a melhor maneira de experimentar a comunidade. Essas são ferramentas capazes de encorajar, fortalecer e facilitar transformações, em si mesmo e no outro. De proteger a saúde psicológica de todos.

Nossa sociedade caminha ocupada em demasia. Onde o lugar do outro parece sempre muito distante, ou bem simples de categorizar. Consciente, ou inconscientemente, quantas vezes permanecemos coletivamente alheios. Numa linha tênue, quase bamba, tendemos à racionalização. Discussões, muitas opiniões e justificativas extravasam sem que haja solução e empatia, nessa sociedade ocupada demais em produzir para consumir, para satisfazer-se.

Como habitantes de um planeta insalubre - onde condições ambientais não são mais tão favoráveis - a sociedade está desorientada em sua própria performance. Paz interior é item de luxo, até mesmo nos grupos "mais abastados".

Nunca foi tão essencial a humanidade se reencontrar. Se apropriar do seu pensar, seu vivenciar, seu sentir. A ciência e a modernidade, a tecnologia e a teoria, muitas vezes encarceram a liberdade. 

Sentimentos de dor, de amor, de alegria, de contentamento ou dissabor, sempre vigiados ou tolhidos, já que é preciso atender, a cada suspiro, as expectativas sociais. E gradativamente, a humanidade assim, adoeceu.

Somente livres, seremos reintegrados. Humanizados. Essa é a cura mais poderosa, capaz de inspirar o desejo pela vida. O olhar para dentro. Nos olhos do outro. Preservando a vida, a saúde, as emoções e a mente, além da sobrevivência. Desse bem somos capazes. Ainda mais quando reconhecemos, uns nos outros, a potência afetuosa da generosidade.

Que possamos caminhar, como humanidade, nesta direção, mas, contrariando o cantor Lulu Santos: sustentando passos de muita vontade e comprometimento. 

Se parecer difícil ou estiver sozinho, busque em comunidade, grupos de apoio.

Sua vida tem valor inestimável.

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