Segurança e Saúde no Trabalho
Um ambiente profissional saudável, uma cultura forte e a genuína preocupação com as pessoas, fazem com que a saúde dos colaboradores e da própria organização se torne mais sustentável. Onde há segurança física, deve haver também segurança psicológica. Abolir riscos de acidentes dentro de instituições, assegura vidas, elimina afastamentos e evita o desenvolvimento de doenças. Não há escapatória: esbarramos mais uma vez na conscientização, na comunicação inteligente e na prevenção, pilares nas iniciativas de segurança da saúde no trabalho.
De acordo com o Ministério da Saúde e do Trabalho, o adoecimento ocupacional é "qualquer alteração biológica ou funcional (física ou mental) que ocorre no organismo em decorrência do exercício do trabalho". Seja por exposição a riscos ambientais, químicos, físicos, biológicos, ou ainda, desequilíbrios vivenciados dentro das organizações que acarretem danos à saúde mental, como o burnout, que foi incluído este ano na classificação mundial de doenças, e passa a ser reconhecida como patologia ocupacional.
Um ambiente profissional saudável, uma cultura forte e a genuína preocupação com as pessoas, fazem com que a saúde dos colaboradores e da própria organização se torne mais sustentável. Onde há segurança física, deve haver também segurança psicológica. Abolir riscos de acidentes dentro de instituições, assegura vidas, elimina afastamentos e evita o desenvolvimento de doenças.
Não há escapatória: esbarramos mais uma vez na conscientização, na comunicação inteligente e na prevenção, pilares nas iniciativas de segurança da saúde no trabalho.
O dia 28 deste mês foi escolhido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) como data Mundial da Segurança e Saúde no ambiente corporativo. De acordo com dados divulgados pelo Ministério do Trabalho, no ano passado, a média de acidentes registrados no Brasil, ultrapassam 1.100 casos por dia, destes, 133 mil evoluíram para o afastamento e foram registrados quase 1.700 óbitos. O gerenciamento integrado da saúde dos colaboradores, favorece uma reconfiguração deste panorama, mas é relevante que as empresas assumam uma responsabilidade que transcenda a legislação. Deve existir uma preocupação humana e consciente dentro da composição do negócio, que não se sustentará de maneira coesa sem que exista o bem estar das pessoas em primeiro lugar.
O exercício do trabalho é um vetor da vida, é uma fonte de realização e seu valor não se restringe ao pagamento mensal dos serviços prestados. Está diretamente ligado ao nosso crescimento individual, nos permitindo evolução, a construção de relacionamentos, o pertencimento e a capacitação - técnica e pessoal. Mas é injustificável que existam fatores neste contexto que acarretem qualquer dano à salubridade do indivíduo. Dedicamos uma fatia importante da vida ao desenvolvimento profissional, e manter ávida a qualidade de vida neste ambiente favorece todas as pessoas e consequentemente, as empresas colhem estas evidências com altas na produtividade, no engajamento e redução de turnover. Então por que ainda há empresas que optam pela não adoção de iniciativas que favoreçam o bem estar do colaborador?
Ações coordenadas de gestão em saúde dentro das corporações precisam compor o planejamento estratégico, de mãos dadas com as táticas de continuidade do negócio. A pandemia provocou novos moldes de jornada, que foram discutidos, experimentados e adotados no último biênio. E estas iniciativas se relacionam aos fatores que competem ao complexo cenário instalado no durante e pós pandemia, na relação entre a saúde mental e o trabalho. As falas sobre burnout se expandiram, o olhar para o indivíduo por trás do crachá, deixaram de competir exclusivamente à responsabilidade de RHs ou as áreas de segurança do trabalho, e precisaram ganhar atenção direta dos gestores e executivos.
São percebidos movimentos que exaltam iniciativas em favor da integridade de saúde dos colaboradores por parte de algumas empresas, mas é relevante que tais avanços não se restrinjam à publicidade para favorecimento da marca e configurem o DNA de todos os setores e corredores das instituições, além das atitudes de todos os gestores. Prática além da teoria. Além da aplicação de planos de segurança do trabalho, há questões evidentes que corroboram para a saúde integral do trabalhador.
Executar na vida real planos que promovam equilíbrio entre profissão e vida pessoal das pessoas que representam nossas marcas e empresas, favorece todos os pilares de saúde nas empresas e de resultado nos negócios. Desenvolver projetos cada vez mais personalizados para as equipes, considerando o ramo de atividade, a cultura organizacional e cada perfil de atribuição, permitirão o descobrimento de padrões exclusivos, permitindo uma ergonomia organizacional humanizada e eficaz.
Os critérios de segurança e de saúde corporativas, nascem na maneira como a empresa valoriza a saúde e cada pessoa que a integra, quais praticas adota, como as ações preventivas são estimuladas, como materializa a preocupação com o bem estar, e se há uma forma integrada de processos, informações e estrutura.
Pensar além dos formatos tradicionais elegendo cada vez mais a saúde nas empresas, trará benefícios transcendentais a toda organização e à vida das pessoas. Sempre é possível revisitar conceitos. Sempre é possível incorporar saúde.
Fontes: OMS / MT / OIT