Pense, Exista e Coexista com a IA

19/04/2024

Razão e questionamentos. A história da humanidade é estimulada pelas dúvidas, e construída pelas descobertas. À medida que saberes são desvendados, nos sentimos ainda mais instigados ao novo, ao sobressalto da nossa evolução. Assim chegamos, da idade da pedra, até aqui. É através da busca pelas certezas, que somos conduzidos. E assim devemos continuar. Determinados, curiosos, e sem medo. Na última semana, marquei presença num talk show sobre Inteligência Artificial - esse tão "temido gênio". Seres humanos já se sentem "assombrados" por hipóteses e anseios. São maiores os riscos ou os ganhos pela melhor evolução? Já temos cães robóticos inanimados. Interagem e não comem. Não há mau cheiro, não exige passeio. Isso te assusta? Cérebros chipados. Curados ou controlados? Bom ou nem tanto? Um debate extenso, com variáveis e pontos de vista. A provocação central nessa semana é poética. Sugiro olharmos com atenção ao que já acontece conosco hoje. Permaneceremos como protagonistas da realidade? Preservar a liberdade é uma decisão constante e é a partir dela que estaremos munidos, e não coagidos pelas infinitas possibilidades do amanhã.

Pense, para existir.

Com egos nem sempre polidos, a busca pelo poder é cega e incessante. Como posso faturar mais em menos tempo? Esse desejo é dominante, controla e extrapola, é viciante. 

E da agricultura à modernidade, fomos industrializados, mecanizados, "scaneados e digitaizados". Terceirizamos quase tudo, facilitamos quase tudo, destruindo, quase tudo.

Não andamos com tanta frequência, não pensamos com tanta frequência. 

Basta um clique: comemos por gula, vazio, e ansiedade. Demos poder às máquinas, escolhemos tudo com pressa, colhemos depressão e inabilidade. É perda de tempo agir com arte! Escrever um texto como esse? Banalidade! Muitas palavras! Quero agilidade. Respostas curtas e práticas, sem qualquer amabilidade.

"O tempo urge", mas confessa vazio e necessidade. Risco para cérebros e para a criatividade. Baixa é a leitura. Limitada é a disponibilidade. Mas, insisto, e sento em minha mesa, prático a neuroplasticidade. Recuso ferramentas fáceis. Minha reflexão vai do devaneio à oportunidade. 

Expandida fica minha consciência. Resgato minha intima experiencia. Examino e analiso. Pesquiso, discordo e me identifico. Choro, rio, me exalto, me animo, Fortaleço minha alma, minha opinião e minha coragem.

No cesto, (de frutas boas e podres), a  palavra google colore a tentadora falta de originalidade. Eu? Prefiro eleger a mente, minha tese da existência! .Porque essa é única, é minha, em gênero, grau e essência. Preserve a sua, sirva-se com consciência.

Assim você garante autonomia no hoje, e no amanhã, sua liberdade.
"Cogito, ergo sum" disse Descartes. 

Hoje a poetiza tomou a frente, entrou no fluxo em homenagem ao dia da Terra, e da mais sublime unicidade.

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