SAÚDE - PODER E PROPAGAÇÃO

13/02/2024

Quanto mais ouvimos a respeito de um assunto, mais ele se torna familiar. E se porventura, nosso interesse for ativado, mais e mais mergulharemos nele. Ouviremos, falaremos a respeito. E ele fará parte de quem somos. Isso é poderoso. Um conteúdo, uma palavra, uma notícia, pode transformar um instante, uma tomada de decisão, nossa postura e toda uma vida. Mas sempre será uma decisão pessoal. A escolha do tipo de informação consumida, como também, o que será feito com ela, cabe individualmente definirmos. Assim acontece com o que ouvimos em noticiários, nas salas de aula, nos ambientes sociais (informais ou profissionais), nas histórias de família, nos boatos da vizinhança. E assim acontece com a educação em saúde também. Toda informação é um estímulo. O que temos feito com as informações que nos atravessam? A palavra move o mundo, e condiciona a construção de tudo o que existe, das crenças, hábitos, valores, comportamentos, e da nossa saúde .É alta a responsabilidade de comunicar. De compartilhar informação. Não existe limitação neste campo. Nos cabe, permitir que a comunicação esteja integrada a pleno favor (nosso, do outro, do mundo). No artigo de hoje, pondero sobre a busca da informação, e do movimento que aplicamos a ela. Comunicar saúde é um estilo de vida. E há muitas oportunidades de saúde dentro do nosso glossário pessoal. Boa leitura.

Consciência profunda.

A rotina, nos distancia do pensamento reflexivo. Estamos soterrados pela enxurrada de informação. Pelo barulho do exterior. Há uma alta oferta de conteúdo, inconscientemente repetido e compartilhado.

Tudo é bem fácil. Extremamente acessível. E isso não é péssimo. É extraordinário. Basta manter-se vivo. Atento. No controle.

Determinado a se distanciar de qualquer risco de alienação.

Nosso comportamento se adaptou à nova era. Mas a escolha pelo conteúdo, continua sendo nossa.

A escolha é sempre nossa.

Sou da época de bibliotecas e de consultar enciclopédias. Saia de casa, na busca de nova informação. Na década de 90, a minha saúde residia neste ato em si:

  • Me deslocava fisicamente;

  • Me reunia presencialmente com os demais integrantes do grupo de estudo;

  • Não havia celular (distrações);

  • A construção das anotações e resumos, em escrita manual

Esse simples episódio, é um fragmento de um costume cultural hoje menos frequente entre os jovens. Mas, ele permitia que eu praticasse a disciplina, o silêncio, a concentração, o olho no olho, o movimento corporal e psíquico e a criatividade. o momento presente. Nessa vivência, facilitada pela circunstância, eu sentia, com clareza, o que me cercava: cheiro do livro, das pessoas, o ambiente, a informação.

Hoje somos estimulados à desatenção plena.

Mal escutamos o que dizemos, não atentos ao que ouvimos. Quadros de ansiedade, depressão, sedentarismo e hábitos alimentares, doenças facilitadas por essa vida tão versátil e moderna.

Mas, a chave desta questão, é termos entregado a chave.

Nos rendemos integralmente à facilidades, delegando nosso poder de escolha. Não devemos abster-nos da inovação. Mas sim, atuarmos em consonância com esse ambiente contemporâneo, escolhendo ativamente nossos consumo a conteúdos (que tocam nosso olhar, ouvidos, a boca, a mente, o coração).

Retomar esse lugar favorece a nossa vida, preserva a nossa saúde emocional, mental e física. Para isso, o primeiro passo, é reassumir as chaves e acordarmos dessa ensurdecedora ilusão, aproximando nossos comportamentos, ao nosso eu consciente.

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