Outubro Rosa - Uma vida INTEIRA

15/10/2024

Tudo está relacionado. Falar sobre saúde da mulher, prevenção e evitação de doenças, deve observar os desafios do gênero, e o que é instituído, na perspectiva social. Implica observar a ideia coletiva da natureza feminina. Implica submeter uma avaliação profunda sobre sua vida prática. Sobre os direitos ao progresso, ao respeito, à alegria, à realização pessoal, felicidade, e ao estado de calma, que a mulher admite em sua vida, em todos os tipos de relações que estabelece, em todos os ambientes. Inevitavelmente, os estímulos que não favoreçam estados de harmonia pessoal, implicam na qualidade dos pensamentos, dos sentimentos, da saúde mental e integral, que é construída ao longo da vida. A mulher em essência, experimenta condições equânimes, nos ambientes sociais? Seu contexto de vida, oferece condições equilibradas para a manutenção da sua saúde? Outubro Rosa, está muito além do câncer de mama. Corresponde a como a mulher é tratada, antes, durante e depois de atravessar um tratamento ou diagnóstico. Corresponde a como sua vida se modela, e se constrói. Há boas circunstâncias para uma saúde sustentável? No artigo de hoje, numa perspectiva global, vamos refletir sobre as mulheres, sobre o câncer, sobre a vida e sobre a saúde.

Quais são as causas do câncer de mama?

O Ministério da Saúde, além dos fatores hereditários e a idade, relaciona as circunstâncias ambientais e comportamentais, como possíveis razões para o desenvolvimento da doença.

O rastreamento precoce através de exames diagnósticos, pode reduzir a estatística. A Organização Mundial de Saúde estima mais de 670 mil mortes por esta causa, somente este ano. Se trata do tipo de câncer mais comum em mulheres, em todo o mundo.

Mas o que antecede a doença? O que antecede atravessar um diagnóstico difícil, com implicações que desestabilizam toda a vida da mulher, enquanto ela atravessa um tratamento até o alcance da curaO que pode desencadear o desenvolvimento dessa patologia?

Não existe uma única causa. Mas, existem medidas de evitação à doença apontadas pelo INCA: uma boa alimentação, evitação do sedentarismo, do estresse, do álcool e do tabaco. Fatores externos que são modelados a partir da construção de hábitos pessoais, que preservam o corpo dessa e de outras tantas patologias.

O que pode ajudar a mulher, priorizar a saúde? Como podemos transformar indicadores que, ano a ano, sobressaltam, e que em 2024, continua convocando à revisão de padrões?  Será que vivemos em ambientes favoráveis ao bem-estarNossa vida urbana, moderna é condizente, à qualidade de vida

Não se engane. Existe vida não saudável, em todas as classes, por escolha, ou não.

Boas decisões pela saúde física e mental, esbarram em modelos sociais, na dinâmica familiar, na distribuição do tempo, no estilo de compra, nas facilidades ou dificuldades ofertadas na rotina, na condição financeira, no acesso à assistência médica, no nível educacional, na qualidade das relações de trabalho, no estado de humor, nos valores e crenças, no paradigma pessoal e no quanto o estilo de vida se aproxima de escolhas naturais.

Muitas camadas constroem a saúde da mulher. E pode ser mais difícil para ela, ainda que ela, tenha comprovadamente, mais iniciativas de autocuidado. Ela continua atravessando desafios históricos para estabelecer sua harmonia pessoal, numa dinâmica de acúmulo de funções e obrigações, com depreciação social por conta do gênero. Ela é posta em xeque, com frequência, sejam em suas qualidades ou atributos, por vezes desmerecidos ou explorados.

E será que isso não prejudica seu bem-estar? Não corrobora para quadros patológicos? Como se proteger nessas circunstâncias?

Com autoconhecimento e planejamento de saúde pessoal. Com atenção aos recursos interiores, sempre. Com a compreensão que ser saudável, é um estado intrínseco. É um direito. Acreditar nisso, facilita a escuta do próprio corpo. Facilita a observação do ritmo da própria vida, com consciência de mudança, se preciso. Como humanidade, nosso comportamento se reflete nas estatísticas, ano a ano. Atravessando traumas diversos, do corpo, da mente, do emocional, adoecemos. 

Mas, podemos atuar diretamente, intervir pessoalmente, para melhorar a própria condição de saúde. Coletivamente, os desafios são múltiplos e continuam. Os espaços de voz, e de mobilização devem persistir, e, nesta oportunidade, em paralelo, dia após dia, o autocuidado será uma escolha valiosa pela proteção ao câncer de mama, de qualquer tumor, ou risco.

Que a cada campanha, a cada outubro rosa, mais mulheres possam eleger a saúde pessoal e o bem-estar como sua prioridade. O mundo e as obrigações, podem fazer com que nos esqueçamos. Mas, se nos lembrarmos umas às outras durante o caminhar, fica mais leve e possível a fase de prevenção, de tratamento, e de cura.

Autocuidado e consciência, nos guiará para mais longe e firmes no essencial: estar bem e feliz.

www.saudenofluxo.com.br