Menos celular, Mais Saúde! Sancionada Lei 15.100/2025

Quanto mais precoce o acesso, maior o dano. As telas, desviam a criança da sua relação saudável com o mundo. A boa notícia é que o Brasil ontem, comoveu um passo importante para desencorajar o excesso digital na infância. Foi aprovada a Lei 15.100/2025, regulamentando o uso de celulares no ambiente escolar. Uma iniciativa que pode favorecer a saúde mental infantil e prevenir os riscos de Nomofobia - transtorno causado pela dependência digital extrema. Crianças e adolescentes, são os mais vulneráveis. O uso inadequado do celular, prejudica o aproveitamento escolar, o convívio social e a saúde, em todas as suas dimensões. No artigo de hoje, vamos tratar sobre a nova lei, e de como essa iniciativa pode auxiliar educadores, famílias, e a saúde da infância. Por menos conexão entre telas, por mais conexões vivas! #saudemental #nomofobia #lei
Crianças desatentas. Desinteressadas. Hiperconectadas, e ausentes.
As perdas provocadas pelo uso digital excessivo, ultrapassam os limites da saúde. Abala o aproveitamento educacional, as relações sociais, e a convivência familiar. Provoca defasagem na articulação verbal, na escrita, na experiência criativa, nas emoções.
O celular facilita deficiências no desenvolvimento humano. Furtando a criança, da infância.
O prejuízo é profundo na fase de formação. Na etapa em que os valores morais são cultivados, elos essenciais, estruturados, e a base do conhecimento, construída.
As telas corrompem a sensibilidade e a sabedoria interna, que somente coexistem, na troca viva. E cada vez mais precocemente, a função de presença é compartilhada com as telas, que brilhantes, inebriam. Ao mesmo tempo em que subtraem da vida, sua beleza.
A lei 15.100/2025, não é uma punição. Ela estabelece uma regra para uso dos celulares na educação básica (tanto nas escolas pública quanto privadas). E restringirá o acesso durante aulas, recreios e intervalos, mas, sem que abale os direitos fundamentais.
Essa medida pode ajudar educadores a conduzirem seus alunos com maior integração e melhor aproveitamento. Como também, pode apoiar famílias em suas diretrizes. A educação digital começa dentro dos lares, e certamente, é fortalecida, quando a iniciativa é transversal.
A UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) divulgou em Ago-24, indicadores sobre o uso abusivo de smartphones na infância, no Brasil:
61% dos bebês até 3 anos, têm acesso a smartphones, e 12% têm aparelhos só deles;
95% das crianças entre 10 e 12 anos têm algum tipo de acesso ao celular.
O Senado publicou que em 2023, a ansiedade entre crianças e jovens, superou os indicadores, de ansiedade entre adultos. Como principais ofensores, aparecem as redes sociais, e os jogos digitais. A saúde mental não é mais uma crise silenciosa, mas uma crise alarmante, que afeta todas as faixas de idade.
Crianças dependem da nossa orientação e condução consciente. E nós podemos apoiar a remodelagem desses hábitos, faze-las transcender. Incentivar vivências ao ar livre, por exemplo, é um bom começo. O excesso do celular inibe o interesse da criança, à essa oportunidade, como também à sua convivência direta com a natureza. E esse distanciamento, nomeado Transtorno de Déficit de Natureza, provoca perdas de ordem estrutural no desenvolvimento infantil, com desdobramentos para outras patologias.
Que essa lei incentive os próximos passos, de uma cultura com menos telas e mais natureza.
Que as crianças se cansem no pátio da escola, se interessem pelos livros, pelas risadas trocadas também pelo olhar. Que se entusiasmem com as brincadeiras de pique. Que subam nas árvores, que brinquem na terra. Esses são todos, privilégios.
Estou certa de que na minha geração, as memórias mais bonitas da infância, são de experiências de uma escola sem internet, e da própria natureza. Vivíamos por inteiro.
Nossas crianças também merecem essa chance.
- Telas, nos conceda essa pausa!
A criança precisa comparecer à sua infância. Elas são sábias, e também nos convocam a essa experiência, que dentro de nós, adormece. Não há nada mais valioso que a presença, na vida. Do corpo, à alma. Da mente, ao coração.
E pela melhor infância, saúde no fluxo.
Fontes: Senado Notícias ; Ministério da Educação ; Universidade Federal de Minas Gerais