Menopausa e Andropausa, sem temor

03/03/2022

Não tema, apenas aja. A caminho da longevidade, nossos corpos respondem ao amadurecimento. Entre as fases 40+ e 50+, tanto homens como mulheres percebem uma importante transição em sua fisiologia. Hoje, trago os temas menopausa e andropausa, e como podemos preservar a qualidade de vida diante as alterações hormonais. Como podemos nos preparar, ou ainda, atravessar esta mudança seguindo recomendações preventivas de saúde. Há quem tema envelhecer. E o convite à reflexão deste artigo é permitir a passagem saudável de cada ciclo. Abraçar cada etapa como parte evolutiva da própria história, experimentando cada momento com gentileza e acolhimento. É possível escolher a melhor forma de cada circunstância, e a melhor versão da nossa vida.  

Há quem tema envelhecer. E o convite à reflexão deste artigo é permitir a passagem saudável de cada ciclo e abraçar cada etapa como parte evolutiva da própria história, experimentando cada momento com gentileza e acolhimento. É possível escolher a melhor forma de cada circunstância, e a melhor versão da nossa vida. 

Nossa jornada pessoal de saúde é responsabilidade individual. Cabe-nos perceber, com a maior antecedência possível, as melhores alternativas que conferem ao nosso bem-estar e agirmos em favor disso. Durante a vida, nos deparamos com desafios sociais, emocionais, físicos, financeiros, profissionais, pessoais, e a maneira como administramos todas essas nuances, constrói a composição de quem somos, de quem escolhemos ser. Desde a percepção dos fatos, nossas escolhas e execução: tudo associa-se diretamente à nossa saúde mental e corporal. 

A cada segundo, registramos nossa própria história de saúde e de vida.

O envelhecimento é uma dádiva. A passagem do tempo amplia nossa sabedoria, nos permite evolução, conquistas e aprendizado. Somos decisores e ao mesmo tempo resultado dos próximos passos. Não há o que temer neste processo. Gosto de dizer que envelhecemos todos os dias e só há bem nisso. Para muitos, a chegada aos 40 anos é uma virada de chave temerosa, e quando trazemos esta pauta para analises preventivas de saúde, tal perspectiva se acumula.

A possibilidade da menopausa/andropausa ser uma fase danosa e agressiva clinicamente na maturação do ser, pode assustar. No momento em que o corpo desacelera a produção de hormônios, como escolhemos nos conduzir ate então, começa a apresentar os devidos reflexos.

O equilíbrio hormonal é primordial para a manutenção da vida e do bem estar, e ao longo de nosso processo de envelhecimento. O declínio ocorrido na menopausa - no caso das mulheres, e na andropausa, no caso dos homens - representa um impacto relevante na saúde, ameaçando a qualidade de vida - dependendo dos desequilíbrios corporais experimentados. Mas, há formas de monitorá-los e principalmente de evitá-los.

Para a mulher, o climatério compõe este processo, significando uma transição gradual de sua fase fértil para o fim da fase reprodutiva, concluída com a chegada da menopausa, que configura o encerramento dos ciclos menstruais. Este processo geralmente ocorre entre os 40 e 50 anos. Como sintoma característico, pode ocorrer uma deterioração corporal geral, com o aumento do percentual de gordura, redução da tonicidade muscular, perda de massa óssea com risco de evolução para osteopenia ou osteoporose, oscilação dos padrões de energia e mais vulnerabilidade a infecções. Há sinais de comprometimento do foco e da memória e risco aumentado para depressão, diabetes e doenças cardiovasculares. Além disso, a secura vaginal, aversão sexual, e calores são normalmente relatados. O esgotamento da produção de hormônios, pode representar um caos corporal. Mas tratam de anomalias evitáveis quando a prevenção é vivenciada precocemente e for a alternativa escolhida como estilo de vida.

Já para o homem, não há um sinalizador especificado (como o fim da menstruação), o que pode dificultar a associação dos sintomas ao quadro de andropausa. Há recorrência da irritabilidade, mudanças de humor e comportamento, variação do desempenho sexual e da libido, e da mesma maneira como impacta as mulheres, pode ocorre perda de massa corporal e óssea. Apesar disso, a queda da testosterona traz menor intensidade dos sintomas, além de ser um processo mais lento, se comparado ao quadro de menopausa das mulheres.

A reposição hormonal é a estratégia terapêutica usualmente adotada por especialistas para tratamento dos quadros de menopausa e andropausa. É indispensável uma avaliação clínica e laboratorial prévia, para que, de forma personalizada, sejam mapeadas as combinaçòes e doses, com revisão periódica e monitoramento. Esta recomendação deve acompanhar medidas qualitativas de vida, antes, durante e depois da reposição.

Cuidado com a preservação da saúde precisa começar muito antes dos quadros de menopausa/andropausa. A colheita de todos os nossos hábitos refletirão sobre as evidências e sintomas (ou ausência deles) anos mais tarde.

Como iniciativas pessoais, para sintetizar um equilíbrio integral, adotar estilos de vida inteligentes - desde valorizar a qualidade do sono, escolher adequadamente os alimentos, buscar desenvolvimento pessoal contínuo, construir bons modelos mentais, administrar episódios de estresse, manter hábitos de bem estar de própria escolha, e preservar momentos diários para a atividades físicas, são medidas simplórias e ao mesmo tempo grandiosas, para estruturar uma equação sustentável de médio e longo prazo.

Observar nossa propria rotina e confronta-la com os resultados, deve ser um exercicio constante, Negligenciar a prevenção pode acumular no corpo e na mente, registros nocivos à propria saúde.

Nada melhor do que conhecer o proprio corpo e priorizar a qualidade de vida. Homens e mulheres, não temam a longevidade, acolham esta nova fase e sempre busquem orientação médica para garantir a sintonia da sua saúde. Temam somente a falta de ação.

Fonte base: Ministerio da Saúde / OMS

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