MEDICINA PRIVADA: CRISE OU OPORTUNIDADE?

03/06/2024

O futuro é agora. A ONU estabeleceu como uma das metas globais de desenvolvimento sustentável, o bem-estar e a saúde, alvo de todas as nações para o calendário 2030. A Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização Pan Americana de Saúde (OPAS), instituem alianças e programas pela ampliação da qualidade de vida da população. Trilhando este caminho, o Ministério da Saúde brasileiro, busca articulação para favorecer esse desafio em nosso país, apontado como líder no diagnóstico de ansiedade, segundo a OMS. Aqui, as doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) são a principal causa de morte do brasileiro, segundo Ministério da Saúde. Financiar tratamentos para recuperação da saúde no Brasil é como enxugar gelo: gerir custos assistenciais num ambiente onde a doença é estilo prevalente e os interesses, conflitantes, convoca à revitalização - não somente do modelo de negócio - mas também, a da nossa concepção individual sobre saúde. No artigo de hoje, nosso rotineiro exercício: a reflexão pessoal. Transformar a grandiosa operação dessa máquina em funcionamento, é movimento gradual. Mas, germinar uma nova consciência sobre escolhas e resultados, sobre prevenção e cura, sobre concepções e conveniência, é atitude do instante. Compreendo que nunca houve momento mais oportuno para manifestar mudanças tão transformadoras pela saúde global. E pela saúde no Brasil. E você?

Na década de 40, a Organização Mundial de Saúde a definiu como "um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença". Será então que experimentamos e consumimos a verdadeira saúde? 

O brasileiro do senso comum, se rende ao ciclo repetitivo que o aprisiona no estilo de vida não saudável. Assim adoece. Remedia. Repete o ciclo, ou encerra: o modelo de comportamento é a principal causa das mortes no Brasil. Doenças cardiovasculares, cânceres, diabetes, hipertensão.

Para combater a disseminação dessas patologias, o Ministério da Saúde estabeleceu o Plano de Dant, com ações pelo enfrentamento aos fatores de risco das DCNT - tabagismo, o consumo de álcool, alimentação não saudável e atividade física. 

O Brasil conquistou queda no consumo do tabaco mediante políticas de prevenção; proteção contra o tabagismo; apoio para abandonar o vício; proibições à publicidade e patrocínio do tabaco; aumento de impostos sobre o tabaco. Segundo a Vigitel, a população fumante caiu de 15% para 9% (2013-2019). Ponto para o Brasil! É indispensável iniciativas públicas que fortaleçam a promoção da saúde. Mas a decisão, será sempre da pessoa.

O brasileiro está doente por limitações na educação qualificada e nas informações em saúde

O Ministério da Saúde, disponibiliza dois guias de orientação valiosos, que incentivam a incorporação de hábitos saudáveis, e orientam sobre alimentação e atividades físicas. Você conhece? Ambos disponíveis no site do órgão, de forma gratuita.

O Ministério da Saúde desde 2006 também incorporou a Medicina Integrativa no Sistema Único de Saúde e atualmente, oferece 29 condutas terapêuticas integrativas - tratamentos que previnem a saúde, elevam a qualidade de vida e apoiam cuidados na atenção primária. Você sabia?

O brasileiro está doente pela inversão de conceitos sobre a manutenção da própria vida.

Dentro da nossa "primeira casa" (nosso corpo), podemos estabelecer a melhor relação com esse lugar que é nosso principal patrimônio. Dentro da nossa "segunda casa" (nosso lar), podemos cultivar um ambiente emocionalmente saudável e propicio; Dentro da nossa "terceira casa" (nosso trabalho), podemos oportunizar modelos que favoreçam relações, diálogos e acordos equilibrados.

No ambiente corporativo é possível que lideranças favoreçam suas políticas internas pelo bem-estar. Nas empresas de saúde, é possível criar protocolos especiais pela expansão da saúde, através da educação continuada, através de iniciativas estratégicas de prevenção, através da incorporação de cobertura especiais pela saúde global (independente da regulamentação).

Acredito nas decisões pioneiras também na saúde privada, que contribuam e elevem o conceito de saúde no Brasil. Esse sistema incute um compromisso social incontestável, e sua chance para semear novos conceitos é igualmente grandiosa. 

As oportunidades extravasam neste momento. 

Mas decifrar a fórmula que viabiliza a sustentabilidade econômica, e ao mesmo tempo, promove o conceito original de saúde, depende de ousadia e transcendência. É tanto possível como moralmente elegante. Pela saúde das pessoas, e do planeta.

A educação em saúde é um consoante caminho.