Homem, Sono e o Fluxo

28/11/2023

Sempre alerta!  Esse é o estado do homem moderno, refém do próprio tempo. Viagem, reunião, compromisso, preocupação. Entre deveres e obrigações, prazeres e responsabilidades. O tempo nao para. O descanso parece, constantemente, precisar de permissão. Um corpo, sem pausa, suplicando para a própria mente: - Relaxa, e desliga esse modo de vida imperativo, do dever, do fazer, e produzir. Pausa, é nutrição. Sono, reposição. Proteção de doenças.- Mas em vias práticas, a pausa parece "pecado". Em sua profundidade, a ausência dela, pode ser fuga. Fuga do estar, do ser, e do sentir. A ausência dela também é ausência de saúde. Segundo a OMS, 45% da população mundial sofre com algum distúrbio do sono. O ritmo elevado, retira a nossa vida do eixo, e a nossa saúde, do fluxo. Na reflexão de hoje, vamos debruçar sobre como o homem pode transformar seu estilo full time no estilo full life.

Sono de qualidade, é saúde. Mas será que somos permitidos a desfrutar de noites bem dormidas?

Nossa forma de viver contemporânea, normatizou um estilo de prontidão e pensamento acelerado, onde o descanso adequado, é escasso, e o "desligamento" do corpo, tão primordial para a reposição da presença, da energia, e da saúde, é frequentemente ignorado. Virou, doença.

O jetlag social é um, dentre os inúmeros distúrbios do sono, que acomete mais de 50% dos brasileiros, segundo pesquisas. 

Essa, é uma condição de privação crônica do descanso noturno, para além daqueles que viajam com frequência, e que atravessam diferentes fusos, por conta de deslocamentos. A inclusão da palavra "social" no termo jetlag, demonstra que esse risco de desalinhamento entre o nosso relógio biológico e social, alcança uma fatia ampliada de pessoas, por conta não somente de viagens, mas de compromissos profissionais, acadêmicos ou pessoais elevados.

A patologia, é listada pela OMS como Síndrome de Sono Insuficiente, e pode levar ao desenvolvimento de ansiedade e depressão, segundo a Sociedade Mundial do Sono. Sintomas como dores locais, variação de humor, na concentração e na memória são percebidos. Além disso, o mau sono é associado ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, gastrointestinais, e neurológicas, quando experimentado a longo prazo.

O sono é um dos pilares da nossa boa saúde, mas, por conta do perfil de nosso estilo de vida, com exposição tecnológica excessiva, e outras tantas demandas da modernidade, mal dormimos. O dever, nos arrasta para um ritmo sem pausa, sem respiração consciente, sem reparo sistêmico a tantos desgastes - corporais e psíquicos - que desafiam nosso estado de bem estar e nossa fisiologia.

O sono irregular, além de nos furtar saúde, implica na tomada de boas decisões, nos conduz ao caminho de escolhas rápidas e inconscientes, nos distancia de nosso melhor estado e desse merecimento de homeostase.

E numa ciranda de escolhas inadequadas, a insônia pode estimular hábitos paralelos não saudáveis, a fim de ocupar o tempo do sono, como a alimentação fora de hora e ampliação à exposição tecnológica, ou ainda, para remediá-la, envolver tanto a dependência de fármacos, como alcoólica, na tentativa de induzir o corpo a estágios mais profundos de relaxamento.

O sono, é um status natural e universal para o condicionamento da boa longevidade.

Mas como induzir e estabilizar o sono adequadamente?

A higiene do sono, recomenda iniciativas de desaceleração antecedentes ao momento de repouso, como evitar treinos e cafeína na parte da noite, suspender eletrônicos no quarto e o excesso de luminosidade, meditar, evitar uso de celular pelo menos 1 hora antes, evitar noticias e assuntos estressores, e recorrer a fitoterapia e chás relaxantes.

Iniciativas que cuidam do fluxo da própria saúde, e nos aproxima dos sonhos.

Que além de tantas metas materiais, possamos nos entregar, acima do caos e além dos excessos, a oportunidade de plenitude - atributo concedido pelo sono, possível, para cada um de nós.

Eu sou Bia Novaes e minha missão e comunicar a @saudenofluxo

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