Equilíbrio: Arte pela sobrevivência

Entre o início e o fim, há um meio, que pretende acontecer harmoniosamente dentro de nós e no mundo que nos envolve. Nesta meditação me veio à memória, as canções de Raul Seixas. Esforçar-se para ser um "sujeito normal" fronte à loucura real, talvez seja o estereótipo que tem conduzido tantos casos de ansiedade e depressão em todo o planeta hoje, entre homens e mulheres, da infância ao envelhecimento. O cantor anunciava o anseio de controle entre a "maluquez e lucidez", habilidade que a sociedade atual também busca aprimorar. A experiência humana é paradoxal e complexa, o que torna inevitável a integração entre o empirismo e a ciência. Harmonizar essa compreensão facilita a nossa jornada. Estabelece pertencimento. Conecta mente e coração. E como é possível integrar essa intenção numa prática de saúde? Hoje, vamos falar sobre o Green Mindfulness, como essa sabedoria pode melhorar a nossa sobrevivência. A proposta dessa sexta-feira é o relaxamento dedicado. Boa leitura.
Verdadeira presença.
Esse encontro da vida com a nossa consciência, em tempo real, permite à mente, pertencer ao mesmo instante, onde esteja o corpo e o coração. Exercitar essa habilidade nos presenteia com uma visão mais ampla sobre o viver. Sobre a saúde.
A proposta hoje é oferecer informações sobre o conceito de Green Mindfulness, vivência que pode auxiliar na redução dos sintomas emocionais e mentais, que estão normatizados na modernidade. Essa iniciativa de prevenção inspira saúde e pode ajudar muitas pessoas facilitar seu bem-estar.
Atenuar conflitos internos exige autoconhecimento e dedicação.
A natureza é uma facilitadora, igualmente como a meditação. A sugestão é que possamos aliar as duas dispensando expectativas fantasiosas, sobre o que significa meditar. Essencialmente, respirar se dando conta disso, é um bom começo. A simplicidade é tão acessível que valorizar sua potência nos parece inaceitável. Nunca estamos onde o corpo ocupa.
E precisamos aterrizar para começar esse processo.
Há uma vasta literatura científica comprovando os benefícios do Mindfulness. A prática é baseada num conceito milenar, perseverante através dos tempos. Não há como racionalizar essa experiência. É preciso realizar. O Mindfulness corrobora com a capacidade neuroplástica do cérebro, reduzindo o estresse, ampliando a memória, melhorando o sono e a construção de novos hábitos. Quando praticado na natureza, os efeitos se potencializam na interação com as substâncias químicas liberadas pelas plantas e árvores, favorecendo a homeostase corporal.
Na técnica de Shinrin Yoku (que significa Banho de Floresta), por exemplo, conceitos de Green Mindfulness são aplicados, os praticantes se favorecem da profundidade nos estados de bem-estar.
A dica de hoje é que você também possa experimentar esse estado, começando por observar o que se faz. Quando a gente não precisa aprender algo novo, deixamos de dedicar tempo de qualidade à contemplação. Quem começa a dirigir, por exemplo, realiza maior estado de presença do que os experientes no volante. Assim acontece para tudo na vida. E a natureza ajuda nesse exercício de curiosidade, presença e meditação.
A saúde é simples.
Uma pesquisa desenvolvida no Reino Unido sugere que 10 minutos diários de Mindfulness são suficientes para aliviar sintomas emocionais. O boletim de notícias do Hospital Albert Einstein compreende a terapia como uma alternativa para reduzir o consumo farmacológico.
É possível selecionar esse novo hábito. Respire com dedicação.
Perseverar a prática capaz de uma reconexão interior, abre as portas seguintes: percepção das outras pessoas, percepção do planeta como um organismo vivo, integrado, ampliando o senso coletivo, e favorecendo a sustentabilidade da vida, em muitos níveis.
Comece hoje e distancie a ansiedade. Coloque sua saúde no fluxo.