Dia Mundial da Saúde Mental

Dia Mundial da Saúde Mental. Essa é a data comemorativa de hoje. Mundo, Mentes, Saúde. Palavras que integradas, formam um conceito unificado. "Uma só Terra". Você sabia que essa expressão foi o tema da Conferência das Nações Unidas em Estocolmo (Suécia), realizada em 197?. Nesta ocasião, 113 países se reuniram na intenção de equacionar o desenvolvimento econômico à conservação ecológica. E sobre a ECO-92? Você se lembra? Eu tinha 9 anos, e bem me recordo de toda repercussão. Novamente, uma conferência aconteceu, desta vez, no Rio de Janeiro, em nome do desenvolvimento sustentável. Nesse ano, não faltaram adesivos na minha agenda infantil para marcar o evento e suas promessas. Hoje, mais de 30 anos depois, já como "mulher feita" e mãe, sinto na pele em muitos níveis, os abalos da destruição ambiental acelerada. Seja no calor extremo ou nas quedas bruscas de temperatura que sinto na minha capital, no mau estar que senti ao chegar em Brasília recentemente pela umidade do ar extremamente baixa agravada pelas queimadas, nas enchentes cada vez mais severas dentro do país. Essa realidade não é particular e afeta muitos de nós, em cada canto do Brasil, de formas muito drásticas, com danos materiais e diretos na saúde. Hoje, a intenção é integrar lembretes em nosso dia a dia, que nos faça perceber, individualmente, caminhos que protejam a nossa saúde, na direção da transformação sustentável.
O desequilíbrio ecológico gera impactos diretos na saúde e no bem estar. Extremos de frio e calor estressam o corpo físico, desastres ambientais colocam vidas em risco, ameaçam a saúde psicológica, e podem desencadear a disseminação de vírus, e doenças respiratórias.
Sentimos tudo isso, mas, nossa vida prática nos toma muito tempo, nos faz esquecer rapidamente de grandes impactos. Mas é importante atuarmos em algum grau. Mudar comportamentos. Individualmente ou conjuntamente. Deixar desperta a consciência. Antes e depois de qualquer evento direto.
E esse é o pontapé inicial, mas não pontual. Gradualmente, movimentos precisam gerar incômodos e atitudes, para buscarmos conhecimentos e alianças que mobilizem e reúnam esforços e pensamentos na construção de um novo tempo.
Pensamentos engajados na escolha das urnas, do consumo, nas decisões pessoais mais simples, nas mobilizações de comunidade. Sabendo o que de fato acontece enquanto vivemos. Tudo conta.
A vida urbana convida para muitas decisões não sustentáveis, desde a produção de lixo e seu descarte, até a qualidade dos alimentos, a industrialização, os meios de locomoção, o consumo energético, nosso modo produtivo, a maneira como nos tratamos e uns aos outros, e toda dinâmica do entorno. E ainda que seja em pequenas porções, tudo gera movimento. A indiferença talvez em nossa situação mundial hoje, seja a atitude de maior risco.
Falar de saúde mental, e de suas previsões não animadoras, da mesma maneira como foi anunciado antecipadamente riscos da pandemia e catástrofes ambientais, é insuficiente. COPs acontecem e assim precisam transcorrer. Mas está dentro de nós, no nosso interior, a mobilização pratica e imediata.
A mudança vem de dentro. E até que possamos acreditar intimamente nisso para transformar a nossa realidade pessoal e naturalmente, a coletiva, continuaremos vulneráveis. Mas, eu tenho uma notícia animadora: conheço muitos corações incomodados e muitas mentes inquietas, que já caminham nessa direção. Você não estará sozinho.
Mudar o mundo inteiro talvez seja uma meta bem ousada. Mas agir pessoalmente de forma respeitosa com outras pessoas e com a natureza, é uma iniciativa preventiva para saúde pessoal e coletiva. Pela nossa saúde mental e dos pequenos núcleos que orbitam nosso universo. Pela longevidade integrada.
Que sejamos nós os mensageiros e protagonistas das novas e boas noticias de transformação. No reflorescimento das nossas mentes e corações, na saúde e da natureza.]