Crianças - Dras. da Felicidade
Felicidade e simplicidade. Passei o dia das crianças em casa, com meus dois filhos, entrelaçada no sentimento de gratidão e observância. Desde muito jovem, a maternidade liderou o ranking de minhas realizações. Esse contato fortaleceu a minha existência. Não somente pelo motivo de gerá-los e criá-los, mas também pela oportunidade de aprender, analisar e admirar a riqueza residente na infância. Como nos ensinam! O artigo de hoje é uma reflexão sobre o poder que nelas reside. Não se engane: há mais sabedoria do que inocência nas crianças. São delas o mérito da descoberta: felicidade não é utopia ou devaneio, puramente simplicidade. Ainda que a sociedade queira nos convencer que há naturalidade no sofrimento e no caos, escolha ser feliz, alegre e forte, como Marisa canta, como as crianças ensinam. Invista nessa percepção, permita-se.
O artigo de hoje é uma reflexão sobre o poder de uma criança. Não se engane: há mais sabedoria do que inocência na infância. São delas o mérito da descoberta: felicidade não é utopia ou devaneio, puramente simplicidade.
Este encanto da vida é percebido pela criança sem qualquer esforço. E só isso já deveria trazer aos nossos dias, maior sentido. É profundo quando nos damos conta de que a criança é um ponto de referência para estabelecermos mudanças de comportamento, e de visão de mundo.
Observe a forma como elas vivenciam suas frustrações: não escondem o choro, extravasam seu sentimento, mas, não há uma sequer que guarde mágoas... Elas imediatamente esquecem, retomam a vivência no momento presente. Apreciam a pureza, a natureza, olham nos olhos e valorizam a simplicidade, o carinho e o sorriso. São guiadas pelo amor.
Assim deveríamos continuar a vida, percebendo toda a beleza que nos cerca, permitindo sermos invadidos pelo bem estar, sem tolerar que padrões culturais personifiquem qualquer angústia.
Não se trata de ignorar a realidade e as mazelas que existem do lado de fora, mas sim, tocar na essência das questões, interpretando as circunstâncias do caminho, de forma positiva, como as crianças nos ensinam.
E ao nos relacionarmos com elas, devemos validar seus gestos felizes, interagindo, retribuindo, pois somos os seus espelhos. Mostrar a elas que devem continuar enxergando uma vida cheia de cores, para que sejam no futuro, pessoas com mais certeza sobre boa ventura. Fazer com que continuem acreditando que existe um bem maior, que existe felicidade não condicionada, e que isso transcende a experiência infantil.
É possível sintonizar-se à alegria de viver sem alienar-se. É possível reaprender e selecionar as melhores sensações. São hábitos e virtudes que devem ser perseguidos. Esse é um condicionamento mental saudável, daqueles que escolhem viver a vida sem subordinação a parâmetro de sucesso ou felicidade baseados em regras e conceitos viciosos, infelizmente estabelecidos na maior parte da humanidade adulta.
É preciso restaurar nossas relações sociais mirando na plenitude, sem que existam culpas ou determinâncias. Vivemos numa sociedade que exalta, comunica e premia sofrimentos, criando precedentes para que a alegria vire mito ou utopia.
Somos incessantemente estimulados a investir em ações sem tantas grandezas, doutrinados a impressionar os outros. Somos ensinados a valorizar preocupações pequenas e amargas, cultivar atitudes de hipocrisia que deprimem e distanciam. E isso provoca agressões injustificáveis. Infelicidades, tristezas e ausência de fraternidade. Cria mérito no martírio.
O mundo real não é somente ruim. A dualidade existe em tudo, dentro de nós e em qualquer experiência. A escolha é individual. Não podemos prever as frequentes mudanças que o mundo nos reserva, mas poderemos descobrir através das adversidades, a versão da história que escolheremos viver. Sempre há algo luminoso e belo no que nos desafia. Permita-se à escolha do ângulo benfeitor.
Esta é a vida. E diante dela, jamais devemos endurecer. Enquanto crianças, também seguimos em frente em nossos passos de aprendizado, evoluímos, engrandecemos, amadurecemos. Infelizmente por muitas vezes na fase adulta, esquecemos lá atrás, a leveza que a vida nos propõe.
As crianças praticam sem esforço a vivência do momento presente, a simplicidade, a empatia. Não antecipam o futuro eliminando assim os riscos de ansiedade, como também não alimentam culpa por um passado que não se modifica, evitando assim a depressão.
Pratique nos seus dias, a alegria da infância, que emerge com pequenos feitos, contruindo uma melhor historia, e uma melhor saúde. Ame sem distinção. Contribua com a felicidade do outro sem que exista qualquer intenção oculta. Assim são as crianças. Assim, um dia todos fomos. Assim precisamos preservar nosso coração, tendo a consciência livre, com o despertar da criança que permanece dentro de nós.
Não sobrecarregue seu voo. A vitalidade é norteada pelos sentimentos que decidimos experimentar com maior frequência. Engrandeça sua alma e sua vida fazendo boas escolhas,
Como canta Marisa Monte, "seja feliz, alegre e forte, onde quer que vá".