Como será, o amanhã?

02/12/2023

"Como será o amanhã? Responda, quem puder." A intérprete Simone cantou esse pensamento no samba O Amanhã, de 1978. Década, surgia o Greenpeace, movimento de conscientização sobre os impactos ambientais. Também surgia o programa PNUMA, criado pela ONU para defender o meio ambiente e promover o desenvolvimento sustentável. Meio século depois, estamos em vias do prazo máximo estabelecido para o cumprimento das ODS. Essa agenda determinou metas desafiadoras para que até 2030, práticas de impacto reflitam no bem estar das pessoas e do planeta. O artigo de hoje, pretende, avaliar o painel mundial, e provocar questionamentos sobre a nossa responsabilidade individual nesse contexto. É determinante que iniciativas governamentais, esferas públicas e privadas, liderem movimentos, providenciem incentivos e recursos, para que o nosso país se aproxime o máximo possível das condições propostas. Mas o que nos cabe, afinal, perante Indicadores de aquecimento global, extinção de recursos naturais, vulnerabilidade de saúde e condições de existência?

Como se não houvesse amanhã. Esse é o modelo adotado pela nossa era.

A extinção? Uma realidade de alto impacto, no reino animal e vegetal. Perdemos biodiversidade e qualidade do ar. Experimentamos o aquecimento global. Temos menor disponibilidade de água potável, e estamos arruinando a camada de ozônio.

A maneira como modulamos a vida moderna: ritmo, dependências, alimentação e ocupação - confronta, desafia, e subjuga o ecossistema. Além de nos distanciarmos da convivência com a natureza, a exploramos de maneira potencialmente extrativista, sem cuidar de sua preservação consciente.

Por volta de 2007, houve um novo marco, segundo a ONU, no perfil mundial. Na linha gráfica de ocupação, foi observada elevação significativa da sociedade na vida urbana, sobrepondo a experiência de vida, na zona rural. Essa ação migratória refletiu na ampliação da indústria, do consumo e das doenças. E em meio a um crescimento urbano desordenado e não planejado, esbarramos em temas como saneamento básico, e condições mínimas para existência.

Em cidades, potencializamos o consumo individual excessivo e nos desconectamos do essencial.

O distanciamento do campo, causa elevação do estresse e de patologias crônicas. Potencializa a necessidade de acesso a serviços de saúde. Amplifica a violência, a degradação do solo, o distanciamento entre seres vivos e do meio ambiente, o que resulta em deficiência de qualidade na nossa vida.

Qualidade de vida, consiste em cuidar do nosso equilíbrio, no contato sustentável com o meio.

A saúde planetária depende de circunstâncias sustentáveis do corpo, e do espaço que ocupamos aqui. Hoje, em meio a crise de degradação ambiental, temos uma alta fragilização nesse sentido, da nossa e de futuras gerações.

Alcançamos uma dinâmica complexa e emergencial, tão anunciada pela Organização das Nações Unidas. Poluição, desmatamento, excesso de veículos, construções, e tantas outras ações associadas à evolução da nossa espécie, significam desenvolvimento, mas também prejuízos à saúde global.

Mas como reverter um problema, que alcançou essa magnitude? Como é possível provocar transformações pessoais para reverter esse impacto ?

Você já deve ter ouvido aquela expressão, cessar fogo. É isso que individualmente precisamos fazer.

Nosso consumo de vida prática, é totalmente, inconsciente. Espelho de ansiedade, desejos e impulsos. Não baseada em necessidades.

Negligenciamos o cuidado com a nossa própria saúde. Construímos com autonomia, doenças crônicas não transmissíveis, e potencializamos possíveis tendências patológicas em nosso DNA.

Nossa alimentação, na maior parte é industrializada e empobrecida nutricional, e nossos hábitos modernos, automáticos, organizados por ciclos que degradam a saúde mental e física, tão desconectados com as circunstâncias de nossa homeostase.

Produzimos, para viabilizar a sobrevivência.

Mas, essa maneira que escolhemos viver, nos aproxima ou distancia a saúde?

Atropelo de pensamentos e vontades, exageros de produtos e excesso de trabalho, uma roda ininterrupta que furta a saúde do corpo, com um consumo que destrói o meio.

Escolhas. É você, que escolhe todos os dias, à sua maneira. Maneira de viver, e de sobreviver.

Hábitos. O que adota como perfil e prática na sua rotina de vida? O que desocupa as prateleiras para preencher sua dispensa?

Se você amplia seu conhecimento, decide caminhar na terra e produzir menos lixo, já faz transformações de grande impacto.

Acessar uma nova visão ecossistêmica, um novo mindset, articula novas ações e influencia positivamente o estado de saúde humana. Qualquer esforço dedicado à sustentabilidade, no micro e no macro, contribui para o ambiente, tão vulnerável.

Individualmente, contribuímos, todos os dias, com os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável listados pela ONU. Conheça todos eles: https://brasil.un.org/pt-br/sdgs

Firmando engajamento pessoal com a própria saúde, dentro da nossa comunidade e com o próprio espaço, já auxiliamos na desaceleração dessa dinâmica, que já sentimos na pele, não ser sustentável.

O aumento da temperatura média terrestre é uma realidade. Tema em nosso entorno e noticiários. E ficará ainda mais evidente na próxima estação.

No acordo internacional, nosso país representa um papel fundamental na preservação. E nós também. As nossas pequenas ações têm sim, alto impacto a longo prazo.

Já imaginou se a maior parte das 8 bilhões de pessoas desse planeta acreditarem que não?

É nossa função preservar a nossa longevidade saudável, evitando a extinção da nossa própria espécie e a do próprio planeta. Ou, "os Homens, são de Marte?"

Eu sou Bia Novaes, e minha missão é comunicar a @saudenofluxo.