Aleitamento Materno: Saúde e Laços
Há muitas faces na maternidade. Mãe e filho solidificam laços de saúde e afeto com o aleitamento. Mas ao mesmo tempo, a decisão de amamentar propõe grandes desafios. Restrições e dificuldades existem e por isso, gestantes precisam conhece-las e se preparar para este momento tão especial. Entender seus benefícios. Entender a representação do leite materno na proteção do bebê. Em paralelo, a sociedade precisa reconhecer e respeitar mulheres lactantes. Precisam consolidar e valorizar este ato de preservação. Não é incomum que a mulher experimente situações na maternidade que a desafiem. Que a façam pensar em desistir ou não se dedicar à amamentação. Esta mulher geradora de vidas, é capaz de fortalecer a saúde de uma nova geração. Trata-se de uma responsabilidade que transcende. É uma ação que contribui para o fortalecimento da imunidade das nossas crianças. Apoie, seja gentil, acolha este ato de amor incondicional.
Na primeira semana de agosto, mundialmente, o tema Aleitamento Materno é promovido. A data foi estabelecida em 1992 pela OMS (Organização Mundial de Saúde), e compõe o calendário de prevenção. Além de ampliar a saúde tanto do bebê como da mãe, o ato propõe uma conexão incrível, fortalecendo este vínculo dos dois. O aleitamento exclusivo é recomendado até o sexto mês de vida. Este prazo mínimo garante a sobrevivência, a proteção e o desenvolvimento da criança, ampliando sua imunidade e sua qualidade de vida.
Mas, muitas mulheres experimentam dificuldades no ato de amamentar. Além do reingresso ao mercado de trabalho, que geralmente ocorre antes deste período, podem surgir algumas situações que desafiem o aleitamento exclusivo, como a ida precoce do bebê para uma creche, contratempos: como o bico invertido da mama, alergias alimentares do bebê que restrinja o oferecimento do leite materno, a pega incorreta do bico que pode promover fissuras na mama, o empedramento do seio, a produção limitada de leite, o cansaço e o estresse ocasionados pela nova dinâmica de vida. Todas as situações interferem e são vivenciadas por muitas mulheres.
Por isso, o apoio da família é indispensável. E quando a mulher tem uma carreira, a empatia da empresa também é fundamental. Os ganhos sociais são imensuráveis, quando pensamos no contexto coletivo sobre o fortalecimento da saúde na primeira infância. Esta é uma fase inicial que interfere na qualidade da vida do indivíduo durante sua existência. Por isso é importante incentivar as mulheres. Quebrar tabus e extirpar os medos. Toda mulher é capaz de amamentar.
É preciso fortalecer as puérperas, dando toda assistência necessária para que estejam com o seu estado emocional, mental e corporal preparados para essa nova jornada. É uma etapa que pode sim apresentar muitos desafios e surpresas, mas que oferecerá, em contrapartida, muitos benefícios e uma experiência inigualável de vida e maternidade.
Cabe esclarecer que não existe leite fraco, nem produção baixa. Existe sim uma boa alimentação da mamãe, a atenção redobrada na ingestão de líquidos, orientação especializada, o quanto sua família a apoia para que ela tenha serenidade e plenitude, para não prejudicar a produção do leite.
É importante ressaltar ainda, que existem diversos bancos de leite em todo o país, que auxiliam as mamães na prática da amamentação, facilitando esta nova fase e sua adaptação. Tive a oportunidade de amamentar duas vezes. No aleitamento do meu filho mais novo, que hoje está com 3 anos, experimentei quase todos os contratempos expostos aqui. Não foi fácil. Mas foi possível.
Recebi apoio familiar, que foi o essencial para vivenciar a amamentação e atravessar a mudança na carreira, meio à chegada de meu caçula. Um dia desses, farei um artigo exclusivo para contar sobre essa experiência, vivenciada por muitas mulheres. Mas lapidei meu viés emocional para equilibrar tudo: o novo trabalho, a atenção à família, a continuidade dos estudos, a gestão da casa e a amamentação exclusiva. Por isso mamães, não desistam.
Famílias: acolham. Empresas: apoiem. O resultado é positivo para todos os envolvidos no processo.
As empresas terão mulheres muito mais comprometidas com o negócio. quando o painel corporativo verdadeiramente cumprir seu papel social sendo capaz de respeitar a maternidade e o aleitamento. Uma gestão de pessoas respeitosa e consciente, aliada a ações e programas de saúde que permitam à mulher equilibrar a profissão e os cuidados básicos do bebê, conquistam um engajamento fantástico dessas colaboradoras.
Isso incentiva a reciprocidade. Renova compromissos profissionais. Posso garantir que a mulher consegue, ainda que inexplicavelmente, dar conta do que se propõe a fazer. Apoiem uma lactante. Por um futuro mais saudável para toda a humanidade.