A Mudança de Gabriela
Mudanças. Você, resiste? Toda mudança nos retira de uma zona cotidiana e nos coloca numa zona de desconforto. E um estado de ser já conhecido, não significa obrigatoriamente, ser o mais apropriado. Mas toda decisão pela mudança, encontra alguma resistência. E essa resistência, pode nos confrontar de duas maneiras: pode emergir da sua relação com o outro e da sua relação com você mesmo. Iniciamos o ano com boas expectativas e motivados a conquistar a nossa lista de projetos. E pela nossa saúde? O que podemos cativar? No artigo de hoje, a reflexão pretende provocar comportamentos. Como você lida com as mudanças? Como nos preparar para construir um bom ano e uma melhor versão de nós mesmos? Você pode ter nascido assim, ter crescido assim, ser mesmo assim. Mas também pode, a partir de agora, decidir responder à Gal, e contestar Gabriela: e provar que pode não ser, sempre assim. Pela sua saúde no fluxo.
Mês dedicado à Campanha Janeiro Branco, e pautas sobre o autoconhecimento, nos convidam a reflexões sobre tomadas de decisão pelo bem-estar integral. Estamos nessa liderança? Optamos por ações que favorecem a nossa saúde?
Escolhemos algo, a todo o instante.
E quando incorporamos a decisão pelas mudanças de hábito, conhecemos o próximo estágio do desafio: a sustentação da nova escolha. Vamos enfrentar duas resistências principais neste processo. Nós mesmos, e o outro.
Esse outro, pode se tratar de qualquer situação externa ou pessoa da nossa convivência. Aquelas rotinas mais enraizadas, ou pessoas que sejam mais próximas, são as mais desafiadoras. A tendência é que as pessoas que mais nos conhecem, sejam as mais resistentes a recepcionar as nossas transformações.
Porque a intimidade, enlaça, e pode, invadir.
E quando as semelhanças, que antes te aproximavam do outro, são desconstruídas, você corre um risco: o de engavetar o seu plano de mudança.
Você pode sentir-se tentado a não instalar a modificação do novo hábito. Como exemplo, podemos citar muitos. Para estabelecer referência, vamos pensar na redução do consumo do álcool. Pela pressão, receio de críticas, ou temer desagradar, talvez você prorrogue, e até suspenda essa transformação por si mesmo.
Quando o outro te encontrar, numa versão diferente da que ele conhecia, pode ser que conteste. Isso colocará em xeque a sua escolha. A sua escolha pode representar o encerramento da sua identificação com pessoas e grupos. E isso pode promover uma resistência, para você sustentar o que escolheu. Pode fazer com que você novamente se aproprie do mau hábito.
E qual o cerne da questão?
A questão é que o outro possui uma bagagem sobre o que conhece de você e o que acredita sobre quem você deve ser, para sempre. E se você muda, tudo pode mudar. Talvez, as circunstâncias que os liguem, que antes eram compatíveis, reduzam.
E isso reflete um comportamento no coletivo. Tudo o que é novo e incomum, é difícil. Por isso é tão desafiadora a mudança.
Mas precisamos desfrutar das nossas novas escolhas, novas versões, novas crenças e novos hábitos, em ambientes seguros, amigáveis e respeitosos. É preciso que você encontre espaço para experimentação, sem que haja opressão. Sem que existam aprisionamentos.
Mas a resistência à mudança pode também emergir da sua relação com você mesmo.
É natural questionar-se sobre as novas escolhas. Afinal... "Eu nasci assim, eu cresci assim, e sou mesmo assim, vou ser sempre assim..." Como canta Gal, na música Modinha para Gabriela.
Sempre que tomamos uma decisão, deixamos de fazer alguma outra. O querer, precisa de força.
Estamos a todo tempo "abrindo mão" de alguma coisa. Mas ao mesmo tempo, podemos conquistar a construção de um novo hábito, desfrutando de um bem-estar incrível, que pode preencher além daquele lugar antigo.
Tudo o que nos aproxima do comum ou conhecido, além de nos acomodar no conforto, também nos distancia de muitas oportunidades de melhoria.
Por isso, ouse. Experimente MUDAR. Se o foco estiver no estado de viver mais saudável, você certamente será mais livre, mais completo e mais feliz.
Arrisque-se. E discorde de Gabriela. Por fim, ela se sentirá convidada a se transformar, ao conhecer o seu novo você. E mudará, também.
Pela @saudenofluxo.